quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Grupos Caçuá e Caçuazinho

Nome do Grupo: Caçuá
Ano de formação: ( carece de fonte )
Local:
Integrantes:
Gênero:

GRUPO CAÇUÁ

Batuques e cantos conduzem aos palcos os integrantes do Caçuá. No repertório, uma rica variedade de amarrações e pisadas coletadas com os mestres da cultura popular de Alagoas e Pernambuco.Tudo começou em 1999, quando a Funtag (Fundação Cultural Terezinha Acioli Gama) uniu algumas pessoas interessadas em música e teatro. Assim nasceu o grupo Caçuá.

Músicas coletadas com Sinhá Baunga, Mestre Alexandre, Dona Liu, de Piaçabuçu; Mestra Ilda do Coco e Mestre Verdelinho, de Maceió; da pára-Mestra Josi, além de pesquisadores como Naldinho e de composições do próprio grupo, estão presentes no shows do grupo.Todas as pesquisas, embora com suas divergências, deixam claro que a origem deste ritmo vem dos negros africanos, muito embora, existem grandes possibilidades de o mesmo ter sido criado no Brasil, com base nos ritmos da África.

A presença de elementos negros no palco pode ser observada em canções (como "A Lenda da Liberdade", de Del Irerê), no figurino e em trechos de poemas que abordam traços da cultura e da história desta família étnico-racial.

[ Fonte: Site - Alagoanos / www.alagoanos.com.br ]

[Image]
O RIO GANHA VOZ / Grupo Caçuá Lança CD e Canta os Costumes e a Tradição de Quem Vive ás Margens do Rio São Francisco (Sinopse)

Com versos que falam de pessoas e coisas que fazem parte do cotidiano do Velho Chico, que o Grupo Caçuá, formado por homens, mulheres e crianças da cidade ribeirinha de Piaçabuçu, conseguiu montar um repertório musical e gravar o seu primeiro CD. "São Francisco do Lado de Cá" é um trabalho que representa a autenticidade da música simples feita por pescadores e simboliza a importância das tradições.

Com versos que falam da agricultura, crenças, difculdades e do dia-a-dia da população ribeirinha, o CD do Grupo Caçuá é uma tradução peculiar da vida das pessoas da região do Baixo São Francisco. Os ritmos tirados do pandeiro, zabumba, pífano, flauta e outros instrumentos remetem á sonoridadse encontrada nas festas típicas do interior e no gingado dos passos marcados dos folguedos alagoanaos.O mérito é não ter caído em lugar comum.

A maioria das letras das músicas foi escrita por Cícero Lino, ex-pescador, integrante do grupo e considerado um dos maiores tocadores de pífano da região.

Aliás, é a diverdsidade de compositores que confere autenticidade ao CD. Com a maioria das músicas assinadas pela simplicidade de Cícero, o trabalho ainda traz canções de Naldinho, Antenor Santos, Nildinho do acordeon e até de Jayme de Altavila e Hekel Tavares, com a regravação da música "Ó Biá-Tá-Tá". outro destaque é a roupagem dada ao poema "Rio São Francisco", de Jorge de Lima.

Dificuldades
Mas, para ser lançado, "São Francisco do Lado de Cá" teve que esperar dois anos. O convite da gravadora surgiu depois que o Grupo Caçuá se apresentou em um festival de música realizado em Maringá/PR. Foram três dias de gravação, uma jornada cansativa, mas compensada com a experência adquirida por músicos que nunca tinham entrado em um etúdio de gravação.
Tanta espera está sendo recompensada. O CD foi lançado no início do ano, em Piaçabuçu, com a participação de ex-integrantes. Já que, nos últimos dois anos, houve várias mudanças na formação do grupo, fato que é explicado no encarte do CD.

Origem
O Grupo Caçuá surgiu em 1999, após o I Festival de Artes de Piaçabuçu, que reuniu grupos artísticos de teatro, artes plásticas, fotografia, dança e música. Os vencedores do festival receberam  como premiação uma apresentação no Teatro Deodoro, mas com a condição de ser feita em grupo.

[ Fonte (sinopse): Jornal "O Jornal", 11/10/2003 ]

[Image]
HOMENAGEM / Mestre Cícero Lino

SONORIDADES DO SÃO FRANCISCO
Por Paulo Rebêlo  (Jornal "Diário  de Pernambuco", 28/03/2009)

Grupo Caçuá, do ponto de cultura Olha o Chico, de Piaçabuçu/AL e o Bongar/PE, juntaram forças para resgatar arte de mestres griôs.
Analfabeto, iletrado e sem conhecimento suficiente para ensinar nada. Quem não conhece Cícero Lino, pode até acreditar. Porque assim ele se apresenta aos desavisados que se aproximam dos muros verdes de sua casa.

Estamos no centro de Piaçabuçu, um pequeno município na foz do rio São Francisco em Alagoas, a 140 km de Maceió e 400 km do Recife, pelo litoral. A exemplo de outras cidades abraçadas pelo rio, não é apenas o cotidiano das pessoas que depende das águas. Aqui, os sons, a poesia e as histórias estão diretamente ligadas à onipresença do Velho Chico.

O jeito de se apresentar não é falsa modéstia de Cícero Lino. Apenas fruto da curiosa trajetória deste simpático mestre pifeiro, natural de um sítio na fazenda Gameleira, distrito de Penedo.
Aos 65 anos de idade, dos quais os últimos 19 em Piaçabuçu, Cícero Lino consegue “tirar” som de qualquer pífano que chegue às mãos. Certa vez, a pedidos, ele mesmo fez dois instrumentos usando apenas cano PVC. E os guarda com carinho até hoje, junto aos cadernos onde escreve as letras de suas próprias canções, apenas com o português “ouvido”.

São os mesmos ouvidos pelos quais Cícero encantou-se com o pife, ainda garoto, no sítio. De tanto ouvir os tocadores da região, ele aproveitou um descuido deles e pegou escondido um dos pífanos deixados sob a mesa.Em poucos minutos, escondido debaixo da mesa, mediu com as próprias mãos tamanho, diâmetro, comprimento e distância entre cada sopro. Correu para casa com tudo na memória e fez seu primeiro pífano. “O resultado foi um desastre. Fiquei horas soprando e não saiu nada…”, recorda, aos risos. Foram dois longos dias, tentativas e erros, até conseguir o primeiro som. E depois não sabia mais o que fazer, sem um mestre para ensiná-lo, sem professor, sem um guia.

A descoberta do talento foi por acaso. Por conta do trabalho na roça, Cícero passou anos sem tocar. Às vezes, treinava sozinho em casa por diversão. Certo dia, já morando em Piaçabuçu, um desesperado produtor de Maceió procurava alguém que tocasse pífano na região, pois o famoso pifeiro da banda caiu doente e faltavam poucas horas para o show. Ninguém conhecia. Até que o produtor viu uma criança sentada na calçada, dizendo baixinho “o pai sabe… o pai sabe…”
A criança em questão era ninguém menos que Cecília Lino, hoje formada e casada em Maceió, filha de Cícero. Com aquele “o pai sabe”, a vida de Cícero mudou. “Eu nunca havia tocado em público, suei frio. Claro, foi um desastre. Mas os tocadores da época gostaram do sopro, eu acho… depois convidaram para praticar com eles. E o resto é história”, relembra.

O Mestre do Pife
Cícero Lino, um mestre do pife sem mestre, não é exatamente um desconhecido. Ao menos, não hoje e não depois de 2003, quando ganhou o mundo por conta de sua pequena participação no filme "Deus é Brasileiro", de Cacá Diegues, com filmagens na região de Piaçabuçu.
A arte de Cícero, contudo, é uma das inúmeras expressões culturais carregadas por gerações pelos mestres griôs de Alagoas e, cada vez mais, esquecidas pelos mais jovens. Aparentemente desconhecidos para as massas, vez por outra ganham destaque graças a projetos de divulgação e, sobretudo, do empenho pessoal de pequenos grupos preocupados em manter as tradições vivas.

Grupos como o Caçuá, atualmente gerenciando o ponto de cultura Olha o Chico, em Piaçabuçu; e o Bongar, de Pernambuco, vindo do quilombola Xambá, em Olinda. Cientes de que a sonoridade do São Francisco, embora tão próxima de nós aqui em Pernambuco, ainda seja uma incógnita para tanta gente, esses dois grupos resolveram juntar forças. E tentam resgatar tradições esquecidas, recuperar sons e artes de mestres griôs como Pagode, Manoel Correia, Dona Lurdes, Ferrete, entre tantos outros, entre quase 30 mestres griôs somente no entorno de Piaçabuçu.

Desde 2001, o Bongar desenvolve um trabalho musical e artístico com jovens da comunidade. Jasiel Martins e Guitinho da Xambá, representantes do Caçuá e do Bongar, respectivamente, se conheceram em São Cristóvão (Sergipe) durante um festival de música.
A experiência mútua entre os dois grupos – e os dois estados – ocorre com a vivência de experiências de seus habitantes, desde o ritual da pesca, da colheita, do amassar o barro para construção de casas por meio de Coco de Roda, do plantio das raízes, e evidentemente as histórias de vida e as canções.

Hoje, eles se apresentam em Piaçabuçu e, domingo, no teatro Sete de Setembro, em Penedo. No dia 5 de abril, uma pequena parte deste som do São Francisco, integrado à batida olindense, poderá ser conferido no auditório da Livraria Cultura, às 17h, no Recife. Quando finalmente Bongar e Caçuá vão colocar em prática os ensaios, pesquisas e convivências dos últimos meses com os mestres griôs de Alagoas.
Uma oportunidade para conhecer novos ritmos e novas prosas destes mestres griôs que, debaixo de um sol escaldante em Piaçabuçu, parecem incansáveis em cantar suas histórias e trajetórias.

SAIBA MAIS
www.myspace.com/grupobongarmestre-cicero-lino.blogspot.com

[ Fonte: www.rebelo.org ]

[ Editado por Pedro Jorge ]

CONTATO
Blog - grupocacua.blogspot.com

------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Nome do grupo: Caçuazinho
Data de formação: ( carece de fonte )
Local:
Integrantes:
Gênero:

GRUPO CAÇUAZINHO

Liberdade em Ser Criança
Da Redação ( 03/10/2006 )

Eles fazem parte de um projeto que teve lançada sua primeira semente em 1997, com a abertura de uma rádio comunitária na cidade ribeirinha de Piaçabuçu. Denominada de Associação Olha o Chico, essa Organização Não Governamental instalada na pequena e pacata localidade de 17 mil habitantes, começou a ganhar força em 2003, quando reativada por um grupo de jovens, decididos em transformar para melhor a realidade social e cultural de seu município e da região. Surgiu então o grupo musical Caçuá, com perfomances já conhecidas do público alagoano, em apresentações no Teatro Deodoro, no Jofre Soares e em festivais pelo interior do Estado.

Com suas ações, conquistaram apoio do Ministério da Cultura (MinC) e se transformaram em Ponto de Cultura do Programa Cultura Viva. Esse reconhecimento facilitou a consolidação da escola de arte da Associação Olha Chico, com aulas voltadas para a iniciação musical, teatro, dança, história da arte, cultura digital e cidadania. E do Caçuá nasceu o Caçuazinho, o mais novo grupo formado por crianças e jovens assistidos pela entidade, que teve sua primeira apresentação ainda em 2002, com o espetáculo "Betinha e a Chuva", para o então projeto Olha o Chico.

Depois do sucesso com o teatro, o Caçuazinho criou em 2004 o musical "Brincado de Brincar", que é apresentado hoje à noite, como atração do Projeto Teatro Deodoro é o Maior Barato. Segundo a produtora cultural Linete Martins, nesse espetáculo o grupo resgata as brincadeiras e as músicas infantis. "Hoje a tecnologia está presente na vida das crianças, mas é preciso viver e brincar com a cultura. O Caçuazinho é reflexo, é exemplo de uma convivência saudável, viva e rica da cultura que se respira em Piaçabuçu. Ele surgiu da iniciativa de crianças e jovens que acompanhavam e acompanham um sonho de se sentir gente no lugar onde se vive. É uma ação contínua do Ponto de Cultura Olha o Chico", diz Linete Matias, que também é diretora de produção e desenvolvimento sustentável da ONG ribeirinha.
A própria Linete é exemplo do resultado das ações executadas pela associação em Piaçabuçu. Antes de assumir as atuais funções, ela também foi uma das assistidas na Olha o Chico.

O ESPETÁCULO
"Brincando de Brincar" foi construído em conjunto, desde a escolha do repertório até idealização do figurino. A influência do grupo Caçuá fez com o que os garotos e garotas do espetáculo juvenil, levassem para o palco instrumentos alternativos como latas, panelas, madeiras, enfatizando ainda mais a essência do brincar com a apresentação.
O Caçuazinho estreou esse espetáculo no dia 14 de agosto de 2004, no Sarau Noite Livre, em Piaçabuçu e emendou a estréia no Sesc-Guaxuma, em Maceió. No ano passado, o grupo destacouse no Festival de Artes de São Cristóvão, no Estado de Sergipe.

"Brincando de Brincar" traz ao palco uma coletânea de músicas infantis, cantigas de roda e brincadeiras de crianças, comum em cidades do interior. No palco, os atores/músicos se inspiram em texto do escritor Monteiro Lobato, em que associam a liberdade à época em que "a gente é criança".

"Com nossas ações, vemos os jovens passaram a discutir melhor a questão social e cultural do município. Hoje temos assistidos que já estão na faculdade, cursando teatro, turismo, informática, qualificação que volta para a cidade", destaca a presidente da ONG, Dalva de Castro, que anuncia a execução do projeto "Caminhos do Rio São Francisco", à criação de uma trilha de turismo ambiental e cultural, entre as cidades de Piaçabuçu, no Baixo São Francisco, a Delmiro Gouveia, no Alto Sertão alagoano.

Mais informações sobre a ONG Olha o Chico e o grupo Caçuazinho pelos telefones: (82) 35521485 e 9988-7626.
Teatro Deodoro é o Maior Barato com o espetáculo "Brincando de Brincar", do Grupo Caçuazinho, hoje.

[ Fonte: Portal da Cultura - www.cultura.gov.br ]

MÚSICA / CAÇUAZINHO

Depois de uma relativa projeção local, o Grupo Caçuá, formado na cidade de Piaçabuçu, acaba de gerar sua primeira cria. Trata-se do Grupo Caçuazinho, que continua a celebração das manifestações musicais populares proposta pelo Caçuá original. Como o nome denuncia, a trupe é composta por 13 crianças numa formação totalmente infanto-juvenil. Eles são atração da próxima edição do Projeto Teatro Deodoro é o Maior Barato.

Teatro Deodoro. Praça Deodoro, Centro. Na próxima terça-feira, 03/10, às 19h30. Entrada: R$ 2. Informações: (82) 3552-1485.

[ Fonte: Jornal "Gazeta de Alagoas", 01/10/2006 ]

Teatro Deodoro é o Maior Barato / Caçuazinho

Nesta terça-feira, 3 de Outubro, é a vez do Grupo Caçuazinho se apresentar no Projeto Teatro Deodoro é o Maior Barato. O Caçuazinho é o filhote do Grupo Caçuá da cidade de Piaçabuçu, formado por 13 crianças que vão levar para o palco a cultura popular.

[ Fonte: (extinto) Jornal "Tribuna de Alagoas", 30/09/2006 ]

SAIBA MAIS
Da Diretora: Linete Matias, é graduanda do curso de Teatro Licenciatura da UFAL. É Contadora de História, atriz e musicista. È Integrante do Grupo Caçuá e coordena as ações de arte e cultura popular da Associação Olha o Chico. Desde 2001, coordena o Grupo Caçuazinho, este já teve seu trabalho veiculado em programas da TV Gazeta ( "Terra e Mar" ) e na Globo ( "TV Xuxa" ).

Maiores Informações:
Centro de Estudos Madre Blanche
Telefones: 3241.6374 / 8803.0264
Contatos: Edgina Figueredo (diretora) e
Linete Matias - 9329.5886 (celular)

[ Fonte: Blog - linetematias.blogpot.com ]

[ Editado por Pedro Jorge ]

Um comentário:

  1. Boa noite.
    Preciso entrar em contato urgente com o Sr. Cicero Lino Dos Santos. Teria algum numero de contato ou e-mail? É sobre direitos autorais dele.

    ResponderExcluir